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20 de Abril de 2024

Anvisa autoriza prescrição de remédios com canabidiol e THC no país

Resolução que tira substâncias da lista de proibições foi publicada nesta segunda.

há 8 anos

Anvisa autoriza prescrio de remdios com canabidiol e THC no pas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a prescrição e a importação de medicamentos e produtos com canabidiol e/ou tetrahidrocanabidiol (THC), substâncias encontrada na maconha e muito utilizadas em remédios que inibem convulsões. A autorização foi divulgada por meio da Resolução 66 da Anvisa, publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União.

De acordo com o DOU, os medicamentos contendo as substâncias deverão ser importados em caráter de excepcionalidade por pessoa física, para uso próprio, para tratamento de saúde, mediante prescrição médica. A medida dá continuidade a todo um processo de flexibilidade com relação aos medicamentos derivados da canabis. Em janeiro de 2015, a Anvisa retirou o Canabidiol (CBD) da lista de substâncias proibidas no Brasil. Com isso, o CBD passou a ser controlado e enquadrado na lista C1 da Portaria 344/98, que regula define os controles e proibições de substâncias no país.

Na verdade, a resolução tira o CBD e o THC da lista de substâncias que não podem ser prescritas ou manipuladas no país, mencionada na Portaria 344 do Ministério da Saúde.

Diz o texto da resolução

"Art. 1º O artigo 61 da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de 1998, passa a vigorar com a seguinte redação:

'Art. 61 (...)

§ 1º Excetuam-se do disposto no caput:

I - a prescrição de medicamentos registrados na Anvisa que contenham em sua composição a planta Cannabis sp., suas partes ou substâncias obtidas a partir dela, incluindo o tetrahidrocannabinol (THC).

II - a prescrição de produtos que possuam as substâncias canabidiol e/ou tetrahidrocannabinol (THC), a serem importados em caráter de excepcionalidade por pessoa física, para uso próprio, para tratamento de saúde, mediante prescrição médica.

§ 2º Para a importação prevista no inciso IIdo paragrafoo anterior se aplicam os mesmos requisitos estabelecidos pela Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 17, de 6 de maio de 2015." (NR)

De acordo com a Anvisa, a discussão sobre a reclassificação do Canabidiol teve início em 2014 a partir da identificação de pacientes com síndromes que levam a espasmos e epilepsia e que encontram no CBD a melhor resposta terapêutica para seus tratamentos. O Canabidiol é uma substância extraída a partir da planta Cannabis, cujo uso no Brasil é proibido."

Fonte: Gazeta Online


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16 Comentários

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E viva a evolução da maconha, até hoje foi taxada de vilã. Que venha a nós e em nosso benefício suas qualidades terapêuticas. continuar lendo

Não faz sentido proibir o uso medicinal de qualquer substância que contribui no tratamento de doença. continuar lendo

Existem diversos psicotrópicos que foram taxados como vilões, entre eles o LSD, a Psilocibina e o DMT. Eu escrevi um artigo obscuro sobre o DMT aqui no Jusbrasil, recomendo a leitura e ver o vídeo disponível. continuar lendo

Persefone:
Por vezes falta visão ao poder público.
ôpa...só por vezes? continuar lendo

José, eu gosto de me basear em fatos. Infelizmente não sei ao certo o que motivou a proibição de certas substâncias. Eu consigo compreender a proibição do crack, devido o seu potencial destrutivo, por exemplo. Mas com relação a maconha, existem pessoas que falam várias coisas. Levando em consideração que a proibição dessa planta começou nos EUA, alguns dizem que tal política era para criminalizar imigrantes ou minorias que faziam uso da erva, como mexicanos e negros. Já ouvi dizer que era para proteger a indústria têxtil e farmacêutica, ou mesmo a reunião de todos esses argumentos. Mas o que levou Nixon a legalizar o álcool e criminalizar a maconha? Há muita desonestidade nesse assunto, basta ver as propagandas contra maconha que eram divulgadas. continuar lendo

Meu temor é que como tudo no Brasil, isso também irá virar bagunça....... continuar lendo

Agora só falta liberarem a maconha de vez e começarem a explorar este mercado comenando pelo traficantes queria ver esse políticos liberais regularizar a realidade do consumo, aff esqueçi coixinha só gosta de cheirar :p continuar lendo

Tomara que nossa "cultura" oportunista não explore nem use o terapêutico só pra cair no recreativo.
Só lembrando que o uso do canabidiol é controlado, sendo um derivado da canabis. É uma substancia isolada que não fornece os mesmos efeitos daquela fumaçinha recreativa (a tal "brisa" dos vida loka). Num país que se caça mais juiz que político corrupto, espero que nada se inverta nessa área. continuar lendo

Donato, não existe canabidinol isolado, por vários motivos - pode até existir, mas desconheço a existência. No Brasil, o CBD é patenteado e, como sabemos, até hoje a indústria farmacêutica não os produziu, apesar de permitido. Sabe por que? I) é extremamente caro fazer CBD e é através dessa plantinha recreativa, da tal "brisa dos vida loka" (que preconceito, heim?) que é fabricado o remédio para as pessoas, vale lembrar que a preço muito, mais muito mais acessível e com resultados bem mais positivos. II) a natureza possui sua própria inteligência, ou seja, o CBD isolado é mais tóxico e possui mais contra indicações do que o óleo natural retirado da plantinha dos "brisa loka". Isto porque o THC e o CBD são substâncias que se complementam, tipo o yin-yang. Um minimiza os efeitos colaterais do outro. Exemplo: o THC o deixa mais alerta e o CBD com sono. Retirar o THC das substâncias proibidas é uma forma, inclusive, de facilitar a importação de remédios com maior concentração de CBD ou mesmo permitir o uso de medicamentos a base do THC - que também contém CBD. Concluindo, a plantinha dos "brisa loka" é tão medicinal quanto qualquer remédio a base de maconha. continuar lendo

Persefone Dreamer, não distorça prevenção pra preconceito, por favor ...”Vida loka” vai muito além disso baseado em nossa “cultura” local que ultrapassa qqer tolerância controlada. A canabis possui outros componentes sem seus efeitos estudados gerando riscos como já ocorreu em outras liberações medicamentosas com trágicas consequências registradas historicamente. Apesar dos dados atuais não suportarem a hipótese do uso medicinal aumentando o uso ilícito, o estudo Arch Gen Psychiatry 2000;57:547-552 – Vol.57 No. 6, june 2000 conclue que o futuro do uso terapêutico da maconha está associado com o desenvolvimento de substâncias puras, e não com o fumo da mesma. Diferente de vc colocando não existir CBD isolado baseado somente na tua ausência de conhecimento, eu não conheço dados benéficos sobre qqer fumaça adentrada no organismo, mas não afirmo essa inexistência. Concordo com o procedimento de excepcionalidade que a área judicial impetrou sobre a Anvisa colocando responsabilidades na pessoa física apoiado ao controle médico. Depois da talidomida, a insegurança sempre reinou no MS. continuar lendo

Chamar o usuário de maconha de "vida loka" não tem nada de preventivo, muito pelo contrário, demonstra preconceito. Afinal das contas, você cria um estereótipo agressivo, dando a entender que quem usa essa planta possui uma vida desregrada ou promíscua. Além disso, seu estudo vai contra pesquisas recentes e pode ser facilmente refutado:

"Estudo na Universidade Hebraica de Jerusalém mostra que extrato de óleo essencial de planta rica em CBD (in natura, Avidekel, clone 202) é superior em eficiência medicinal do que o uso de extrato com apenas as moléculas de CBD puras. CBD -Rich Cannabis Versus Single-Molecule CBD"

Como já havia dito, CBD ou THC isolados possuem contra indicações. Isso é lógico, racional e coerente. THC e CBD são substâncias opostas e, por isso, complementares, já que uma reduz os efeitos colaterais da outra. Visto isso, fica fácil refutar os argumentos postos por você. A planta cannabis sativa tem baixa toxidade para o organismo humano e não causa dependência física. Já a dependência psicológica é menor do que a da cafeína. Assim, por se tratar de uma planta segura para o homem, o seu uso medicinal está sendo bem aceito.

Vale ressaltar que em Israel, Canada, EUA, bem como em outros países que comercializam a maconha medicinal, não é através de um comprimido e sim é planta que é vendida, mesmo que seja na forma de óleo ou spray. Isso já desqualifica o seu estudo e sua proposição futurística sem nenhuma realidade fática. Outra coisa, maconha não é fumo. Pode ser fumada, como ingerida, vaporizada ou mesmo bebida. Isso remove os efeitos adversos da fumaça. Sobre a restrição que você apoia, só digo uma coisa: seu filho vai fumar maconha prensada, mofada e sabe-se lá o que mais eles colocam dentro. continuar lendo

Persefone, não critiquei o uso terapêutico e controlado do canabidiol. Não associei “Vida loka” generalizando ao medicinal. Não sou autoridade científica nesse assunto, mas na prática vejo a cannabis gerando usuários sem problemas em paralelo com outros mais obcecados e com sérios problemas, o que já justificaria um extremo cuidado. Vc acredita mesmo no popular separando o uso medicinal do recreativo ? Meu comentário inicial deixou claro o problema do recreativo se infiltrando ao terapêutico, pois parcelas de resultados inofensivos não geram garantia nenhuma no quesito segurança. Nisso a área científica dá um banho de experiência na sociológica, os ensaios clínicos com substancias psicoativas somos nós num painel secular de gerações como ocorreu com o álcool e nicotina, porém os resultados que deveriam gerar medidas proibitivas ou restritivas ao social se bloqueiam no comercial por muita grana envolvida e acumulada durante décadas de consumo. O álcool tem inúmeras utilidades domésticas, farmacêuticas e industriais, mas não vencem outro lado pesando em prejuízos sociais na ingestão recreativa. Lei seca hoje seria o mesmo que proibir gasolina. Mesmo a nicotina sem utilidade prática pra “pesar” se encontra restrita socialmente, porém liberada. Mantenho minha opinião de não somar + uma recreação irresponsável ao social, é difícil controlar as que já existem. Meu hamburguer “não dá brisa”, ele não tem psicoativos. continuar lendo

Donato, não quero te convencer de nada e detesto ter que colocar meu exemplo pessoal aqui. Mas saiba de uma coisa, lhe contarei a verdade, nada mais do que a verdade, sem hipocrisia. Então, recomendo que o senhor considere o que vou lhe falar. Eu uso maconha esporadicamente. Assim como também bebo uma cerveja importada esporadicamente. Muito pouco mesmo. Pois bem, comparando os efeitos dos dois, posso lhe garantir que a maconha é muito, mas muito mais segura. Quando uso maconha, geralmente eu pratico exercícios físicos, como ioga, alongamentos e corrida. Esse tao satanizado efeito psicoativo da maconha, nada mais é do que uma maior introspecção, você fica mais pensativo. Com a maconha eu consigo estudar, durmo melhor, ela retira dores musculares, melhora minha digestão e etc. Com o álcool é o contrario, pois ele piora meu sono, minha coordenação motora, não tenho vontade de praticar exercícios, pesa bem mais a cabeça e etc. Os efeitos colaterais do álcool são horríveis. A maconha quase não tem efeito colateral. Plus, é bem menos toxica do que o álcool e, diferente deste, não causa overdose e dependência física. Mesmo que haja um uso irresponsável da maconha, sabe o máximo que pode acontecer? O individuo vai comer e dormir e no outro dia estará 100%, sem qualquer tipo de ressaca. Outra coisa amigo, o uso da cannabis é milenar, data desde o antigo Egito até a China, passando pela Índia. Agora, se mesmo assim você acha que o uso dessa planta é perigoso, continue assim, já lhe digo que estarás vivendo em ilusões. continuar lendo

Persefone, considero como verdadeiro uso recreativo o uso dominável sem buscar maravilhas alternativas como justificativas. Eu fumei recreativamente cigarro comum, a coisa não me pegou como vício, mas conheço muito bem a vida pra não me titular no individualismo como base de conhecimento levando em conta outros preferindo até morrer a largar o que lhes consome, esse cenário não é ilusão e canabis não é exceção. Sorte a sua vc se incluir nos “invulneráveis”, isso sem mencionar a toxicidade crônica. continuar lendo