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18 de Abril de 2024

OAB-ES denuncia que judiciário favoreceu a contratação de dativos

A denúncia aponta irregularidades em comarcas da Grande Vitória. De acordo com a OAB, alguns dos dativos que estão sob suspeita chegaram a ser nomeados em mais de 120 ações

há 6 anos

A Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES) enviou uma denúncia à Corregedoria-Geral da Justiça do Estado acusando o judiciário estadual de direcionar a nomeação de dativos e favorecer alguns advogados. Segundo a OAB, alguns desses profissionais são filhos de juízes. Os dativos são advogados nomeados para atuar em ações em comarcas onde não há defensores públicos disponíveis para assumir os processos.

A denúncia aponta irregularidades em comarcas da Grande Vitória. De acordo com a Ordem dos Advogados, alguns dos dativos que estão sob suspeita chegaram a ser nomeados em mais de 120 ações.

A OAB-ES afirma que dos 716 advogados nomeados como dativos entre janeiro de 2016 e junho de 2017, 40 receberam mais da metade dos R$ 4.380.495,52 que foram pagos a todos esses profissionais. Essa minoria de advogados recebeu valores entre R$ 27 mil e R$ 97 mil.

O presidente da OAB-ES, Homero Mafra, disse ser inaceitável que isso ocorra e revelou que a instituição vai passar um pente fino em todo o Estado. “Esse é um fenômeno que se espraia por todo o Estado. Nós estamos levantando comarca por comarca. Neste primeiro momento, mostramos o desacerto na Grande Vitória. A Ordem quer que isso seja normatizado, que a publicidade impere e que o princípio da impessoalidade venha a reger isso.”

O desejo de normatização da nomeação de dativos no Espírito Santo pode acabar sendo atendido pelo Judiciário. Cogita-se que o Tribunal de Justiça capixaba prepara aos juízes uma regulamentação para a nomeação de desses profissionais no Estado.

A OAB faz acusações graves a respeito de alguns magistrados. Segundo a Ordem, dois filhos de um juiz com cargo de chefia atuaram em 179 e 169 processos, respectivamente, entre julho de 2016 e junho deste ano. A instituição alega que há favorecimento nesses casos, já que as comarcas em que os dativos atuaram estão sob a responsabilidade do Fórum dirigido pelo pai deles.

O Tribunal de Justiça do Espírito Santo foi demandado para se posicionar a respeito da denúncia da OAB-ES. Por meio de nota, a instituição informou que “o expediente protocolado pela Ordem dos Advogados sobre a nomeação de dativos está em análise do Corregedor Geral da Justiça e serão dados os devidos trâmites legais.”

A OAB e o Tribunal de Justiça não divulgaram os nomes dos advogados e magistrados alvos da denúncia.

NOTÍCIA ORIGINALMENTE PUBLICADA POR GAZETAONLINE


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2 Comentários

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Nossa que absurdo !!!! Pelo jeito, precisamos de uma operação Lava Jato em todas as instituições públicas, dos três poderes. continuar lendo

Não existe tanta corrupção em um país sem participação e conivência do judiciário, do MP, da OAB... A corrupção é um estrutura complexa, que aqui já se banalizou. continuar lendo