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25 de Abril de 2024

'Policial que não mata não é policial', diz Bolsonaro

Deputado defendeu PMs que participaram da morte de 356 pessoas no Rio.

há 6 anos

Notícia originalmente publicada por GAZETAONLINE

Pré-candidato a presidente da República, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) defendeu, nesta segunda-feira (27), os 20 policiais militares com participação na morte de 356 pessoas no Rio, conforme revelado pelo GLOBO do domingo. Durante um evento de entrevistas promovido pela revista "Veja", o parlamentar chegou a dizer que "policial que não mata não é policial".

Bolsonaro indicou que caso eleito nomeará o economista Paulo Guedes como ministro da Fazenda. O deputado defendeu também a manutenção do foro privilegiado e que proprietários rurais tenham direito de portar fuzil para enfrentar movimento sem terra.

"Esses policiais têm que ser condecorados. Policial que não mata não é policial".

Em entrevista coletiva, o deputado disse que os policiais que participam de auto de resistência não deveriam ser nem sequer investigados.

Indagado sobre quem seria o seu ministro da Fazenda, em um eventual governo seu, o deputado citou o nome do economista Paulo Guedes.

Integrante do Instituto Millenium, Paulo Guedes tem PhD pela Universidade de Chicago, foi um dos quatro fundadores do Banco Pactual e também do grupo financeiro BR Investimentos.

Bolsonaro contou ter, nas conversas com o economista, fornecido os "ingredientes para que ele faça o bolo". Entre esses ingredientes estariam a manutenção do tripé macroeconômico, a redução da dívida pública e o "equacionamento da questão dos servidores"

"Tivemos duas conversas. Não existe sequer um noivado. É um namoro porque, se houve um segundo (encontro), é que houve uma certa simpatia entre nós" .

Em relação a outros ministério, Bolsonaro, que já afirmou que nomeará militares para compor seu gabinete, disse que as críticas a essa escolha são infundadas, já que durante os governos Lula e Dilma, segundo o deputado, havia ministros "guerrilheiros corruptos". De acordo com Bolsonaro, seu ministro da Defesa será um militar.

"É inadmissível ter um ministro da Defesa Civil", disse.


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42 Comentários

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A atividade policial está umbilicalmente relacionada com a possibilidade de confronto armado e, consequentemente, a morte de criminosos (bem como, a de policias no contexto dos fatos).
Acredito que ninguém que se aventure na área jurídico-penal e descortine o dia a dia policial acredite que o bom policial jamais matará. Deve-se ter em mente, logicamente, a distinção entre o homicídio e a morte decorrente de uma ação em legitima defesa (a uma, a exclusão do crime; a outra, a reprimenda penal).
Aliás, conheço ótimos policiais que nunca precisaram ceifar a vida de um delinquente, bem outros tantos que já tiveram a infeliz obrigação (caso contrário, as suas vidas é que seriam tiradas) de por termo à vida de um injusto agressor. continuar lendo

Compreendo que ser policial é estar em meio à possibilidade de matar alguém, mas jamais matar alguém deve ser inerente à profissão. continuar lendo

Não digo inerente, Pedro, pois soa um tanto quanto negativo essa colocação. Eu diria, por oportuno, consequência (advinda da ação desesperada de um delinquente cujo ato criminoso fora descoberto e, agora, atenta contra a vida de homens destinados a salvaguardar os direitos e garantias da sociedade).
Não tenho o Bolsonaro como candidato, mas, também, não o refuto como um possível voto. No melhor espirito democrático, vou esperar pra ver quais serão os outros candidatos que irão disputar o pleito (apesar de parecer que essa será a pior ou uma das piores eleições da história nacional em matéria de qualidade de candidatos) e, só assim, depois de analisar cada proposta, votar em um. Ou, então, em nenhum.
No mais, acredito que o pré-candidato Jair Messias Bolsonaro não soube articular as ideias e, como bons brasileiros que somos, já temos experiencia com políticos que não sabem orquestrar o que falam. continuar lendo

Não é inerente à profissão, mas consequência dela. No contexto em que a frase fora dita, entendo estar correta. Hoje, o policial ou mata ou morre, não há meio termo. Nem a não reação à ofensa ou agressão garante ao policial que ele não será sumariamente executado. continuar lendo

Se você compreende que "ser policial é estar em meio à possibilidade (lícita) de matar alguém" (como legítima defesa de si ou de outrem), logo entende que a possibilidade de matar alguém é "inerente à profissão". Não há contradição entre as duas. A segunda gera mais comoção nas mentes sensíveis que não suportam ver bandidos morrerem em ação criminosa, mas aceita confortavelmente um inocente ser morto por eles. continuar lendo

A expressão inerente, Adilson, ao meu ver deve ser usada quando afirmamos que algo ou alguma coisa é constituição própria de algo ou alguma coisa. Isto é, que o ato de matar é constitutivo da profissão policial. Isso, como acredito, não é real, pois é frontalmente contrário ao juramento de sangue (pacto sanguinis) firmado por aqueles que ingressam na corporação e afirmam defenderem a sociedade com o sacrifício da própria vida (afinal, ainda não aderimos a ideologia do Direito Penal do Inimigo e, portanto, não dividimos cidadãos de inimigos - criminosos).
Entretanto, o termo consequência denota a ideia de um efeito lógico advindo de uma causa anterior. Em outras palavras, trata-se da velha máxima mecanicista que provém da terceira lei de Newton que sugere que toda causa gera reação. Destarte, o matar é ato que está condicionado a uma injusta agressão anterior e, portanto, está presa/amarrada a uma causa que a gera e/ou a deflagra.
Ademais, entendo que o ato de ceifar a vida de um criminoso está condicionada à causação anterior de uma injusta agressão. É inerente, portanto, à atividade policial salvaguardar vidas (seja a de criminosos ou a de cidadãos) e, noutra vertente, como consequência lógica, temos o ato de matar quando em confronto.
Dessa feita, inerência e consequência se diferem claramente ao ver, como que dois lados diametralmente opostos e assimétricos. continuar lendo

Ao menos na falácia o Brasil estará bem servido ... ou teremos um "exército de Stédile" incitado contra a população que protesta contra o governo ou um grupo de pessoas despreparadas armadas.

Bolsonaro sempre peca pelo seu exagero ... há quem chame de espontaneidade ... claro que de início isso fez ele ser famoso (fale mal mas fale de mim), mas se quer ser presidente de modo sério está mais que na hora de deixar o circo de lado e apresentar propostas reais.

Já Lula, o demagogo do século XXI, continua suas mentiras a rodo ... dizendo que foi fiel em 2014 a Dilma quando na verdade sabia que a bolha de suas dívidas iria explodir nas mãos dela ... prometendo que assalariado não pagará IRPF, apenas os ricos, mas esquecendo que para ele classe alta era uma pessoa de renda per capita acima de meros R$ 1.019,00 ... quando não negociando com Boulos uma fatia maior do bolo para que o mesmo não se candidate à Presidência ... quem sabe ele não dará a Boulos o Ministério responsável pelas cidades ou reforma agrária.

Vai ser fácil 2018 hein !!! continuar lendo

Grande Bolsonaro, tô contigo e não abro! Fogo neles! É isso aí, bala em quem não presta!!!! continuar lendo

O assunto principal: a ação arriscada, truculenta, lesiva e incorreta dos policiais, em suas ações, é muito importante.

Mas as palavras de Bolsonaro não importam.
Se ele vier a demonstrar reais chances de assumir a presidência do país, aí sim as suas opiniões sobre ação policial terão alguma relevância.
Por enquanto, dou tanta atenção a isso quanto dou às opiniões do Lula sobre economia, por exemplo. continuar lendo

"Se ele vier a demonstrar reais chances de assumir a presidência do país...."

Concordo contigo, de fato, TODOS estão contra ele: mídia, legislativo, judiciário, sindicatos pelegos, governos etc e tal. O POVO, a favor....aí que mora o perigo.

As reais chances estão a ser esvaziadas com a não implantação (absurdamente ilegal, irregular) da impressão de votos. Se com ela, o primeiro turno ficaria nele, sem ela, poderemos ter até o #Pixuleco como presidente e #RenanCalheiros de vice. continuar lendo

Oi John, você leu a parte em que o Bolsonaro disse que é a favor da manutenção do foro privilegiado ??? E aí, o que você pensa? continuar lendo

@norslomp

Olá Norberto,

Eu não tenho prestado atenção às declarações do deputado.
Mas, em respeito à sua pergunta, fui olhar o que ele tem dito do foro privilegiado.

De fato, ele defende a manutenção do foro por "entender que se trata de uma manobra para fazer os processos tramitarem por mais tempo" e porque "se o fim do foro foi aprovado no Senado, então ele deve desconfiar que é ruim".

Ou seja, (assim como Lula) é apenas um discurso distorcido, populista e circense.
Feito para ser polêmico e comentado, não para ser levado a sério.

Abraço. continuar lendo